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Tudo o que você precisa saber sobre refluxo

Atualizado: 8 de mai. de 2021


O QUE É?


Refluxo: Todo conteúdo do estômago que retorna ao esôfago, podendo sair pela boca ou não.


Regurgitação ou golfada: todo conteúdo do refluxo, que sai pela boca. Costuma ocorrer de repente, sem nenhum movimento ou sinal manifestado pelo bebê.


Nós costumamos mexer, balançar, fazer massagens ou mesmo do nada, sai aquele leite pela boca e tudo bem. Se é muito ou pouco, o nome disso é sempre regurgitação! É bastante comum nos bebês e dificilmente é sinal de doença. Os bebês crescem, ganham peso e se desenvolvem normalmente mesmo com inúmeras regurgitações ao dia.


Refluxo oculto: esse conceito não existe! Ou o bebê tem, ou não tem! Lembre-se que refluxo pode sair pela boca ou não.


Vômito: conteúdo gástrico que sai pela boca após náusea e grande pressão no abdome, que provoca até um som característico – dificilmente ocorre em bebês.


Vômito em jato: grande pressão abdominal prévia, porém não é precedido de náusea.


QUANDO O REFLUXO É DOENÇA?


Primeira resposta: quando impacta na qualidade de vida da criança! Existem 3 tipos de bebês regurgitadores.


Os regurgitadores felizes - que nem se abalam com o sintoma.


Os regurgitadores problemáticos - são aqueles que tem irritabilidade, desconforto no momento do sintoma, mas que ganham peso, crescem e se desenvolvem adequadamente.


Os regurgitadores com doença do refluxo - precisam o quanto antes de intervenção médica por apresentarem sinais de alarme e complicações, como baixo ganho de peso ou perda de peso, vômitos verdes ou forçados, sangramento, febre, letargia, dor abdominal, doença crônica associada.


FATORES DE RISCO PARA DOENÇA DO REFLUXO


1. Obesidade

2. Encefalopatia crônica

3. Síndromes genéticas

4. Hérnia de hiato

5. Cirurgia esofágica prévia

6. Doença respiratória crônica

7. Prematuridade


QUAL O TRATAMENTO?


O tratamento para os regurgitadores felizes e problemáticos inclui:


- Aleitamento materno responsivo – respeitar a fome do bebê;


- Evitar hiperingestão de fórmula ou de leite materno


- Evitar pressão intra-abdominal após as mamadas


- Educação dos responsáveis – lê-se, “tenha um bom pediatra”!


- Considerar fórmula anti-refluxo para quem já está em uso de fórmulas (sempre consultando seu pediatra)


Para os bebês com sinais de alerta ou em caso de evolução não favorável após essas medidas, a investigação deve ser mais aprofundada pelo seu pediatra e tratamento medicamentoso pode ser necessário. Sair medicando todo e qualquer refluxo/ regurgitação não é adequado.


Texto: Dra. Geiza Nhoncanse

Pediatra - CRM 166942


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