Todos organizando a viagem do verão...e ela sozinha com seus medos – ninguém tem muita paciência para ouvir a puérpera de dezembro;
Todos atrás de presentes e lembrancinhas – e ela sozinha lutando com a Amamentação;
Todos se fartando de comer e beber nas confraternizações – e ela comendo qualquer coisa ou nem comendo - em meio ao ciclo cocô-fralda-leite-choro;
Todos providenciando a ceia, combinando com a família onde será o Natal – e ela só querendo um minuto de paz, 40 minutinhos de cochilo e o luxo de um banho calmo com direito a lavar os cabelos.
Recém-mães, recém-paridas, e recém-nascidos - Quem os ampara “bem nas férias”, “bem no descanso”, bem no final de ano”, “mas justo em dezembro”? Como se isso fosse justificativa para não ter uma boa experiência nos primeiros dias de vida do bebê, ou para uma sensação de abandono.
Elas precisam de alguém com fôlego, paciência e muita disposição para ser rede de apoio nesse momento. Natal é presença, é demonstrar amor – e as puérperas precisam dessa demonstração, independentemente se é Dezembro, abril, ou agosto!
Texto: Dra. Geiza Nhoncanse
Pediatra – CRM-SP 166942 / RQE 83466
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